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Recuperação econômica de Estreito mobiliza Sebrae e instituições parceiras

Diagnóstico e ações integradas visam reduzir perdas e estimular a retomada econômica na região afetada pela queda da ponte
Por Assessoria de Comunicação e Eventos
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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Estreito (MA), na divisa com Aguiarnópolis (TO), trouxe sérios impactos econômicos às cidades de Estreito e entorno. A interrupção do tráfego afetou diretamente o comércio, o turismo, o transporte e o agronegócio, causando queda de até 50% na arrecadação de ICMS e 25% em ISS nos primeiros três meses, de acordo com dados do Sebrae Maranhão.

Nesta terça-feira (21) foi iniciada uma rodada de visitas às cidades afetadas para acompanhamento da situação in loco e coleta de subsídios para um diagnóstico aprofundado da situação. Participaram dos encontros nas cidades de Porto Franco e Estreito, o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Maranhão, Celso Gonçalo; o diretor Superintendente, Albertino Leal; o vice-presidente executivo da FIEMA, Fábio Nahuz; o vice-presidente da Fecomércio, Manoel Barbosa, Francisco de Assis, representante BNB, gerentes e analistas do Sebrae de diversas áreas.

Durante a reunião em Estreito foram levantadas demandas para atuação das entidades presentes.

Em Estreito, o prefeito Leo Cunha recepcionou a comitiva que visitou o local, conhecendo a extensão dos danos. Em reunião com autoridades locais, foram discutidas alternativas para superação das necessidades mais urgentes, especialmente no âmbito econômico. O prefeito descreveu o cenário atual vivido pelo município e os principais impactos. “Nós temos dois pontos para nosso comércio, a avenida principal que contava com o fluxo da travessia pela ponte para maior movimentação e a BR com fluxo de mais de 4 mil veículos dia. Hoje, a circulação não chega a 100 veículos”, afirma o prefeito.

Leo Cunha complementou, ressaltando a importância da mobilização. “Nós precisamos de ajuda, precisamos de outros olhares, precisamos de criatividade. Temos um cenário que depende ainda da finalização do nosso porto e da previsão, para dezembro, da entrega da obra da ponte. Então, precisamos de ajuda para enfrentar esse momento crítico”, reiterou o prefeito Leo Cunha.

Escuta ativa – Durante a agenda de visitas, gestores municipais, lideranças locais e empresários estão sendo ouvidos, permitindo a validação e o alinhamento das ações estratégicas planejadas pelas instituições pertencentes ao Conselho Deliberativo do Sebrae. Em Porto Franco, o prefeito Deoclides Macedo sinalizou os impactos diretos gerados pelo desabamento da ponte, frisando o quanto isso tem afetado o município devido à diminuição do fluxo de veículos. “Estamos a 28 km de Estreito, somos cidades irmãs. A gente não imaginava como a queda da ponte viria a impactar a nossa região em todos os aspectos, no aspecto socioeconômico e até mesmo na autoestima da região”, afirma.

Em Porto Franco, o encontro contou com a presença de autoridades locais e do empresariado da cidade.

A ideia agora é, com os subsídios coletados nas visitas técnicas, partir para a implementação do plano de ações, por meio do qual espera-se reduzir perdas financeiras dos pequenos negócios, ampliar o alcance de mercado para os empreendedores da região e, com isso, contribuir para a retomada gradual das atividades econômicas. Além disso, as instituições e, particularmente o Sebrae, buscam reforçar o compromisso com o empreendedorismo no Maranhão, consolidando a atuação como parceiros estratégicos neste momento de crise.

O Sebrae participa do esforço junto com instituições do CDE, reunindo equipes técnicas e especialistas, em uma agenda que contempla visitas às cidades afetadas para um diagnóstico aprofundado da situação. Durante a agenda, gestores municipais, lideranças locais e empresários estão sendo ouvidos, permitindo a validação e o alinhamento das ações estratégicas que serão realizadas nas localidades atingidas. Em Estreito, Porto Franco, Carolina e Riachão, um cronograma de reuniões com comitês de crise, visitas a estabelecimentos comerciais e encontros com autoridades locais está em curso.

O diretor Superintendente do Sebrae Maranhão avalia como positivos os primeiros momentos da agenda. “Trouxemos nossa equipe aqui para demonstrar a integração das entidades com o poder público e visando amenizar a situação em Estreito e na região. Então, desde que conversamos, duas semanas atrás em reunião do Conselho Deliberativo, definimos a vinda para Estreito para avaliarmos a situação e ver onde é que podemos usar a nossa influência, porque também não temos a expectativa de resolver tudo. Mas, temos certeza de estarmos fazendo uma pequena parte. E, cada um fazendo a sua pequena parte, conseguiremos amenizar e transformar as situações. Essa é nossa missão aqui, com o espírito de ampliar as ações que já desenvolvemos nesta região e, como o nosso trabalho, ajudar neste momento difícil”, esclarece o executivo.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Celso Gonçalo, ressalta a importância da mobilização. “Estamos aqui juntamente com nossa equipe, nossos parceiros, a Federação do Comércio, a Federação das Indústrias, o SEBRAE e outros parceiros que iniciaram essa viagem Porto Franco e Estreito para olhar realmente o que nós podemos fazer, o que a gente pode ajudar na questão da queda da ponte. Então, esse é o momento de mobilização da classe empresarial e estamos aqui para ajudar os empreendedores. A partir dessas reuniões vamos traçar algumas ações que as entidades possam ajudar aqui a região”, reforça Gonçalo.

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