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Startups maranhenses mostram força e conquistam espaços na Web Summit Lisboa

Parceria Sebrae e Apex Brasil assegura participação dos maranhenses no evento, um dos maiores espaços de inovação da Europa.
Por Assessoria de Comunicação - ASCOM
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Um grupo de cinco startups maranhenses participou da edição 2025 da Web Summit Lisboa, maior evento de tecnologia e inovação em terras lusitanas, ocorrido na última semana. A delegação apresentou soluções inovadoras surgidas em programas de aceleração como Inova Amazônia e Startup Nordeste, que chamaram a atenção do mercado.

Web Summit Lisboa mostra vigor de negócios inovadores do Maranhão. (Apex Brasil/Divulgação)

As startups participantes foram a Apoena Bioindustrial, Suncredit Energias e DayaHT, cuja presença decorreu de seleção em chamada pública feita pela Apex Brasil (Agência de Promoção às Exportações) e Sebrae, por meio de chamada pública direcionada para a internalização de negócios inovadores. Também presente a Sintropia Cosméticos, selecionada pelo Sebrae Nacional como representante do Inova Amazônia. E, por fim, a Solar Next, selecionada no Neon (realizado no Piauí, em julho último), entre participantes do programa Startup Nordeste. Além destas, a Compensei participou do evento, por meio de parceria com a Embratur.

“A participação dessas startups no Web Summit de Lisboa 2025 é um marco histórico para o nosso ecossistema de inovação, porque nunca antes tantas empresas do Maranhão tinham sido aprovadas nas seletivas da Apex e do Sebrae Nacional. Então, isso representou um reconhecimento direto a esse trabalho constante, consistente e sólido que vem sendo desenvolvido na área de inovação aqui no Sebrae Maranhão, especialmente por meio dos projetos do Startup Nordeste e do Inova Biomas (Amazônia e Cerrado)”, analisa Danielle Abreu, coordenadora de Transformação Digital do Sebrae no Maranhão.

Soluções inovadoras: talento maranhense

Durante o evento, ganharam evidência as soluções apresentadas pelos maranhenses. A Sintropia, por exemplo, apresentou seus cosméticos de alta tecnologia, naturais que usam princípios da biodiversidade, explorando ativos agroflorestais como plantas medicinais e óleos para criação de produtos de alta performance, com base ancestral e muito procurados pelo mercado atual.

Marco Antônio Silva, da Apoena Bioindustrial, dialoga com potenciais clientes no maior evento de inovação da Europa. (Divulgação)

Já a Apoena Bioindustrial, startup instalada em Coroatá, que transforma o coco babaçu em insumos sustentáveis, levou soluções inovadoras, que unem tecnologia, tradição extrativista e impacto climático positivo. Tendo como base o aproveitamento do babaçu, a startup alia tecnologias inovadoras que ganham destaque crescente no mercado. A empresa desenvolveu um método que aproveita integralmente o fruto, ampliando suas aplicações e valorizando a atividade tradicional de catação do coco, mantida por séculos pelas comunidades agroextrativistas da região dos Cocais, no Maranhão.

A Suncredit Energias mostrou suas soluções para geração de créditos de carbono a partir de telhados solares, sem a necessidade de desmatamento, base importante para impulsionar a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental. Enquanto que a Daya HT apresentou a plataforma criada durante a pandemia para auxiliar e orientar portadores da síndrome de Burnout, levando a Dayana, IA Terapeuta Especialista em Saúde Mental de Mulheres.

E a Solar Next, instalada em São João dos Patos, mostrou um conjunto de soluções em tecnologia para empresas de energia solar. Trata-se de plataforma intuitiva, de fácil uso e acesso, idealizada para apoiar a boa gestão de empresas no setor de Energia Solar, que tem tido crescimento consistente no Maranhão.

Oportunidades e novos caminhos no mercado internacional

A participação no evento, mais do que a divulgação das soluções e visibilidade internacional, gerou feedbacks positivos e oportunidades de internacionalização.

Para Danielle Abreu, trata-se de uma conquista “que reforça o potencial do nosso Estado na área de inovação e de bioeconomia, mostrando que é muito possível levar essas soluções desenvolvidas aqui no Maranhão para os palcos mais importantes da inovação do mundo, como o Web Summit de Lisboa”.

Maranhenses se destacam na programação técnica da Web Summit Lisboa (Divulgação)

Marco Antônio Silva, da Apoena Bioindustrial, explica que, na Web Summit Lisboa, a empresa focou na transição energética, considerando o que, entre os produtos trabalhados por eles, está um bioativo para diesel, que vem sendo validado para vendas. O produto está sendo testado em Mato Grosso, em tratores agrícolas, já apresentando uma redução média de 20% de consumo de diesel em tratores em uma fazenda. Eles levaram também óleos corporais e comestíveis, além de bebidas de babaçu. “São produtos que vem da sociobiodiversidade brasileira, algo que a Apex Brasil e Sebrae buscaram reforçar neste evento para a Europa, visando a abertura de mercados novos”, explicou ele.

“Foi muito oportuno mostrar que o Brasil, a partir de frutos e ativos amazônicos, consegue criar produtos de alto impacto. Apresentamos ao mundo o babaçu e todo o seu potencial para gerar renda e transformação. Nossa startup mira o mercado, mas mantém forte compromisso com o impacto social, o reflorestamento e a preservação ambiental, sempre alinhada à promoção de renda e oportunidades para as comunidades. Hoje, o mercado global valoriza cada vez mais esses impactos. Em Lisboa, pudemos dialogar com investidores e prospectar possíveis compradores europeus para os nossos produtos”, acrescentou.

Samira Nogueira, idealizadora da DayaHT, conquista oportunidades de mercado, a partir do evento. (Divulgação)

Por sua vez, Samira Nogueira, idealizadora da DayaHT, ressalta que a participação “gerou importantes feedbacks, muito positivos sobre a solução apresentada, além de possibilitar a aproximação com grupos de líderes mulheres, de forma global, promovendo a nossa bandeira de igualdade de gênero e de cuidados com a saúde mental e o bem-estar”. Ela enfatiza que o ponto alto foi “a aproximação e possibilidade de participação em um Hub de startups portuguesas idealizado pela Universidade Nova de Lisboa, que abre caminhos para maior visibilidade e negócios. “Estamos estudando a proposta e avaliando a nossa forma de participação, felizes com essa oportunidade.

Carol Frota, da Sintropia, assina termo de parceria com a Apex Brasil, que garante jornada de incubação durante nove meses, em Portugal (Divulgação)

A Sintropia Cosméticos também obteve resultados expressivos e chance de ampliar seu espaço de atuação no mercado internacional. “Nossa participação veio a partir de um convite do Sebrae Nacional. Eles fizeram uma curadoria junto a Apex, no projeto Casa Brasil, e convidaram cinco startups da bioeconomia que participaram do Inova Amazônia e a Sintropia foi uma delas, representando o Maranhão. Participamos da missão de internacionalização, onde tivemos capacitações e também apresentamos o nosso pitch uma venture. Entre cinco startups, três seriam escolhidas para acessar uma proposta de investimento, e a Sintropia foi uma delas”, explicou a empreendedora.

A partir de fevereiro de 2026, a Sintropia vai ficar nove meses em incubação na sede da Apex Brasil, em Lisboa. Serão três meses para tratar dos trâmites burocráticos e seis meses voltados para a internacionalização propriamente dita.

“Foi muito interessante participar desse evento, mostrando a nossa marca de cosméticos pautada em agrofloresta e regeneração, que muitas pessoas não conheciam. Mostramos uma nova perspectiva de economia para pessoas que estão muito focadas em inteligência artificial, softwares e afins, sinalizando que a natureza também é tecnologia e que também a gente pode gerar inovação a partir do que existe na natureza”, reforçou Carol Frota, CEO da Sintropia.

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