O ecossistema de inovação de São Luís acaba de conquistar o Selo CSC: Ecossistemas de Inovação 2025, na categoria Prata, um reconhecimento concedido pela Plataforma Connected Smart Cities, em parceria com a EXXAS, a ecossistemas municipais brasileiros que se destacam pela governança colaborativa e pelo fortalecimento de ambientes inovadores.
Criada para valorizar boas práticas e orientar gestores públicos e parceiros locais, a iniciativa estimula a estruturação de políticas, estratégias e ambientes que impulsionam a inovação nos territórios. O selo também funciona como uma ferramenta de apoio aos ecossistemas municipais, permitindo avaliar o estágio de envolvimento de seus atores e direcionar com mais precisão as políticas e estratégias de inovação.
“Os ecossistemas reconhecidos com o Selo CSC: Ecossistemas de Inovação demonstram que a inovação urbana não se faz apenas com tecnologia, mas com governança, colaboração e políticas públicas consistentes. Este é um passo fundamental para estruturar ambientes fortes e capazes de gerar resultados sustentáveis para a sociedade”, destaca Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities.
O anúncio dos ecossistemas reconhecidos foi feito durante o Cidade CSC 2025, evento que celebrou os 10 anos da Plataforma Connected Smart Cities, realizado de 23 a 25 de setembro, no Expo Center Norte (SP). Considerado o maior hub de debates e negócios sobre cidades inteligentes da América Latina, o encontro reuniu mais de 8 mil participantes, entre gestores públicos, empresas de tecnologia, startups, investidores, acadêmicos e organizações sociais.

Essa conquista reforça o papel do Sebrae Maranhão na articulação de uma governança sólida e no estímulo à inovação em São Luís. Roberto Serra, diretor da Agência Marandu, destaca que o reconhecimento é resultado de um trabalho conjunto e do apoio contínuo da instituição. “Essa conquista reflete um esforço coletivo e o apoio contínuo do Sebrae, que tem estimulado conexões e criado oportunidades reais para quem trabalha com inovação em São Luís. Hoje, conseguimos pensar soluções de forma mais integrada e estratégica, conectando empresas, universidades e poder público em torno de objetivos comuns”, afirma Roberto Serra.
Sebrae: articulador de ecossistemas e impulsionador da inovação nos territórios – O reconhecimento alcançado pelo ecossistema de São Luís reflete também o trabalho de mobilização e estruturação conduzido pelo Sebrae Maranhão, por meio de programas e metodologias que estimulam a cultura inovadora e fortalecem parcerias entre os setores público, privado e acadêmico.
A instituição atua estrategicamente na pauta da inovação territorial a partir de quatro Ecossistemas Locais de Inovação (ELIs) em São Luís, Imperatriz, Balsas e Cocais (em fase de estruturação) e da abordagem ATIVA, voltada à ativação da inovação em territórios.
Lançado em 2025, o ATIVA representa a porta de entrada para cidades que desejam estruturar suas ações de inovação e já está sendo implementado em Bacabal, Presidente Dutra, Açailândia e Barra do Corda. A metodologia trabalha com três eixos principais: o .com, voltado para as empresas, desde startups até negócios tradicionais com perfil inovador; o .edu, que tem como foco professores e alunos no campo da educação; e o .gov, direcionado ao poder público, especialmente prefeituras e secretarias municipais.
Para que a inovação seja considerada “ativada” em um município, é necessário realizar pelo menos duas ações envolvendo dois desses públicos. O objetivo inicial é criar uma base sólida de articulação e, a partir dela, evoluir para programas mais robustos, como os próprios ELIs.

Danielle Abreu, coordenadora estadual de Transformação Digital e Produtividade do Sebrae Maranhão, ressalta que o reconhecimento reforça a importância da inovação como eixo estratégico para o desenvolvimento do estado. “A conquista do Selo CSC demonstra que o Maranhão está no caminho certo ao investir na estruturação de ambientes inovadores. O Sebrae tem atuado de forma estratégica para mobilizar atores locais, apoiar a criação de ecossistemas e estimular a construção conjunta de soluções sustentáveis em diferentes regiões do estado”, conclui.