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Formado em farmácia e bioquímica, o empreendedor José Geraldo Silva, retomou com paixão o legado de seu pai, José Rufino da Silva, o “Seu Zito”. Seu Zito, fundou o engenho em Passagem Franca, onde a produção de cachaça artesanal nasceu da própria realidade.
Desde cedo, José Geraldo esteve envolvido no trabalho do engenho, seja no plantio, colheita e destilação, até decidir, ao lado do irmão Daniel, legalizar o negócio e lançar a “Cachaça Reserva do Zito”. Por essa razão, o empreendedor gosta de dizer: “Não vendemos cachaças, oferecemos aos consumidores a história da nossa família engarrafada em forma etílica”, uma definição que revela orgulho e identidade.
Sustentabilidade – Hoje, prestes a completar oito décadas de existência, o engenho produz até 60 mil litros por ano e opera sob práticas sustentáveis, uma vez que o bagaço de cana vira combustível, e os resíduos líquidos, são usados para irrigação no canavial.
O engenho aposta nos insumos locais, na cana colhida na própria fazenda e leveduras nativas para fermentação, que são responsáveis pelas características sensoriais únicas da cachaça. Os barris de Ipê conferem um leve aroma defumado e complexidade ao destilado que faz toda a diferença na qualidade da “Reserva do Zito”.
A produção acontece principalmente na safra – de maio a setembro. Fora dela, José Geraldo visita clientes em São Luís e São Paulo, onde a “Reserva do Zito” é vendida em empórios, supermercados e conveniências.
Premiação – A cachaça possui atualmente 4 rótulos: Prata, envelhecida 6 meses em inox; Ipê, com defumação artesanal; Carvalho europeu, que realça notas de amêndoas e baunilha; e Umburana. Em 2019, a versão Prata conquistou medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, um dos mais prestigiados no universo dos destilados.
De geração a geração – Na vida de pai, José foi sempre presente mesmo com a correria do engenho. Hoje, seus filhos, Geraldo, Hellen e Cristina, colaboram de diversas formas com os negócios. Vê-los, já adultos, lado a lado, defendendo a cachaça em eventos, com genros e nora, e partilhando a mesma paixão é sempre uma lembrança marcante para o empreendedor.
“Meu desejo é que meus filhos tenham sempre coragem e serenidade para enfrentar os desafios, e habilidade de se adaptar e refazer nas adversidades. Que eles se lembrem de onde eu vim, e onde consegui chegar pelo meu esforço e trabalho”, estima José Geraldo.
Manter seu negócio vivo nem sempre foi fácil. Mas José Geraldo já distinguiu seu propósito: preservar a cultura cachaceira com qualidade e responsabilidade:
“Como empreendedor de cachaças, enfrentamos inúmeras dificuldades, seja a concorrência desleal do mercado informal, o próprio preconceito em relação a cachaça e o produto local, dificuldade de abertura de mercados. Eu sigo pelo amor familiar e porque as dificuldades se transformam em propósito: difundir a cultura cachaceira, incentivando as pessoas a escolher cachaça de qualidade e a beber menos e beber melhor”, afirma o empreendedor.
Apoio Sebrae – O contato do empreendedor com o Sebrae veio através do projeto CARTIMA (Cachaça Artesanal e Tiquira do Maranhão) que tem o objetivo de aperfeiçoar os métodos de produção, formação de mão de obra, regulamentação do setor, realização de pesquisas, a fim de desenvolver o mercado da cachaça e da tiquira maranhense. Por meio desse projeto, o empreendedor conseguiu formalizar o seu negócio.
“Com o apoio do Sebrae, o empreendedor teve acesso a consultorias Sebraetec, suporte financeiro e auxílio para participar de feiras nacionais, rodadas no Sebrae e Apex, ações fundamentais para o empreendedor profissionalizar o negócio e expandir fronteiras”, destaca Ana Carla, analista Sebrae Presidente Dutra.
O Empreendedor afirma: “ O Sebrae desde o início, se mostrou muito importante para mim. Viabilizou o acesso a vários serviços, possibilitou o meu crescimento e a capacitação da minha empresa. Eu recomendo o Sebrae porque ele tem o suporte e o auxílio essencial para todo empreendedor que deseja ter sucesso no seu negócio”, finalizou.
