Professores, gestores e educadores de Imperatriz, Porto Franco e cidades vizinhas se reuniram na noite da última segunda-feira (27), no auditório da Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz, para o Encontro Estadual de Educação Empreendedora e Climática. O evento foi promovido pelo Sebrae Maranhão, com o objetivo de preparar educadores para desenvolverem práticas pedagógicas que estimulem o empreendedorismo e a consciência ambiental dentro das escolas.
Durante o encontro, o palestrante Leandro Vidal destacou o papel do professor como agente transformador diante dos desafios climáticos e sociais. “Todo professor é um semeador, mas não é para semear apenas árvores. É preciso semear a educação climática. Essa geração de alunos precisa ser a geração que trará inovação, transformação e soluções para os problemas que já enfrentamos”, afirmou.
A proposta do evento é aproximar a educação empreendedora da educação climática, de modo que os alunos sejam incentivados a agir com responsabilidade e criatividade diante das mudanças globais. Segundo a analista do Sebrae, Dideia Torres, o tema é urgente. “Estamos multiplicando conhecimento e reunindo professores e gestores para discutir um assunto essencial. Falar de clima e sustentabilidade é também falar de futuro e de oportunidades”, pontuou.
A coordenadora estadual de Educação Empreendedora do Sebrae Maranhão, Mayna Braga, ressaltou que o encontro faz parte de uma agenda nacional voltada à formação de educadores que atuam como multiplicadores. “Queremos que esses professores levem o tema para a sala de aula e desenvolvam projetos que possam ser inscritos no Desafio Liga Jovem e até concorrer ao Prêmio Educador Transformador. É mais uma forma de estimular a inovação nos territórios”, explicou.
A educação empreendedora tem papel estratégico ao se alinhar com a agenda da educação climática, pois estimula uma nova geração de empreendedores conscientes do impacto ambiental de suas ações. Ao promover competências como inovação, senso crítico e responsabilidade socioambiental, ela contribui para formar cidadãos capazes de desenvolver negócios sustentáveis e propor soluções para os desafios da crise climática.

Para os participantes, o evento representou um espaço de troca e aprendizado. A educadora Hilnanda Lopes, de Imperatriz, destacou que “aprender a empreender dentro da educação tem sido uma experiência enriquecedora. O Sebrae oferece muito mais do que capacitação, é uma rede de apoio que fomenta o trabalho de professores e alunos e, agora, amplia nosso olhar para temas urgentes como a educação climática, mostrando que é possível empreender com responsabilidade socioambiental”.
O professor José Nélio, de Porto Franco, ressaltou a importância da parceria com o Sebrae para o fortalecimento da cultura empreendedora nas escolas. “O Sebrae tem nos auxiliado de forma muito especial, ajudando a levar o empreendedorismo para a sala de aula. Estamos aprendendo a ensinar nossos alunos a enxergar possibilidades e a transformar ideias em ações que também considerem o impacto ambiental e contribuam para um futuro mais sustentável”, afirmou.
O debate sobre educação climática também ganha força no contexto da COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). A conferência deve colocar a educação no centro das discussões sobre sustentabilidade e transição verde. Segundo a UNESCO, preparar comunidades para compreender e agir diante das mudanças climáticas é uma das prioridades da agenda da COP30.

