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Rede de apoio ajuda mães empreendedoras a enfrentar desafios do negócio

Apoio familiar e flexibilidade na gestão são estratégias essenciais para mães que querem vencer os desafios da jornada empreendedora
Por Assessoria de Comunicação e Eventos
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Cuidar do lar, dos filhos, da família e, ainda, empreender, são desafios enfrentados por boa parte das mães que lideram negócios. “Em 2012, quando iniciamos, a minha jornada diária contemplava o trabalho na queijaria durante o dia. À noite, eu cuidava da casa e dos filhos, o que era muito difícil”, é o que conta Geane da Luz Barros, mãe do Handrey (18 anos), da Anna Clara (12 anos) e Nilton Segundo, de 7 anos.

Junto com o marido, Nilton Santana, Geane produz queijo em uma propriedade localizada no povoado Santo Antônio, que fica distante 9km da sede, no município de Igarapé Grande do Maranhão.

A empreendedora conta que o apoio da mãe, Ivanilde da Luz, foi fundamental para que ela pudesse dar conta das atividades da queijaria, da casa e da criação dos três filhos, equilibrando as múltiplas exigências do cotidiano.

“Conciliar trabalho, vida pessoal e familiar só não foi mais difícil para mim porque eu tive o apoio da minha mãe, que me ajudava e ajuda até hoje. Ela vem para cá, passa uns 15 dias comigo e depois volta para casa. Eu também conto com a ajuda de uma secretária do lar, mas precisamos ampliar o número de funcionários na queijaria, que já são dois. Se não fosse assim, eu não conseguiria administrar as atividades pessoais e profissionais. Com o apoio dos funcionários, eu já posso me dedicar apenas à parte administrativa da queijaria. Antes, eu ajudava meu marido em tudo. Era bem mais difícil”, explica a empreendedora.

Oportunidade – O Laticínio Santo Antônio, iniciado pelo marido (Nilton), surgiu como uma oportunidade para gerar uma renda extra para a família. Na época, a produção era um pequeno negócio, sem registro, que gerava problemas para o casal, que se via impedido de comercializar o produto por falta de regularização. Foi quando surgiu o primeiro contato com o Sebrae, após uma reunião promovida pela Sala do Empreendedor e pela Associação Comercial de Pedreiras/MA. Hoje, com a regularização, a produção do Laticínio Santo Antônio chega a 150 kg de queijos por dia.

Queijo coalho e manteiga de garrafa, produtos do Lacticínio Santo Antônio, que conquistaram a preferência do mercado.

Geane lembra que os desafios enfrentados para ser mãe e mulher empreendedora eram marcantes na época e foram ficando menores a cada dia, diante dos sonhos que alimenta. E a rede de apoio familiar e técnica foi se tornando mais evidente.

 “Eu sempre digo que se você tem um sonho de empreender, não deve desistir e um primeiro passo é procurar o Sebrae mais próximo, procurar ajuda. Ser mãe como eu sou, e ser empreendedora, é enfrentar desafios todos os dias. Mas, o importante é encarar os desafios como “só mais um”, e acreditar que vai passar e que você pode vencer, porque os desafios vêm, mas o importante é ter persistência”. O meu objetivo é crescer a nossa empresa e terminar a nossa fábrica ainda neste ano, se Deus quiser, vamos conseguir. Nós fazemos o que fazemos por amor aos nossos filhos, pela nossa família e pelos nossos sonhos. Eu falo para meus filhos que devemos colocar Deus em primeiro lugar e não desistir, assim, estamos fazendo”, finaliza a empreendedora.

Trajetória – “Visitei a propriedade para explicar o processo de regularização do queijo e indicamos a consultoria Sebraetec em Adequação de Agroindústrias aos Serviços de Inspeção, via projeto Agronordeste, no caso, primeiramente para a obtenção de registro provisório, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que ela pudesse iniciar a comercialização do queijo até que tivesse recursos para um projeto definitivo. Agora, tivemos a aprovação do projeto para a obtenção do Selo de Inspeção Estadual (SIE) e as obras já foram iniciadas, para a obtenção desse registro permanente”, explica o analista da Unidade de Negócios do Sebrae em Bacabal, Cícero Almeida.

“Eu não acreditei que o pessoal do Sebrae fosse vir à minha propriedade, como prometeram vir, mas aconteceu. No dia seguinte, após a reunião, o Cícero já estava na minha propriedade no horário combinado. Ele esteve presente no dia que tirei o TAC, e até hoje, sempre preciso, ele está disponível. Eu não sabia o que era ter meu negócio legalizado, depois que o Sebrae veio, tudo mudou. Hoje, o queijo Santo Antônio pode estar presente em qualquer lugar no Maranhão, graças a Deus e ao Sebrae. Hoje eu vendo em supermercados, lanchonetes, padarias, churrascarias. Hoje nós somos reconhecidos. Mas sempre penso que, sem apoio de uma rede bem ampla, eu teria tido muito mais dificuldade”, reconhece Geane Barros.

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