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Produtores do Maranhão realizam visita técnica a propriedade rural case de sucesso no Tocantins 

O sítio Ipê Roxo é destaque na produção de cacau, café e pimenta-do-reino, com o uso de tecnologia sustentável desde o processo de irrigação ao manuseio de equipamentos
Por Assessoria de Comunicação e Eventos
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Terra, fonte de subsistência, conhecimento e empreendedorismo. Aspectos que ultrapassam barreiras geográficas, unindo produtores rurais dos estados do Maranhão e Tocantins no compartilhamento de técnicas de cultivo e gerenciamento do processo produtivo no campo. Esses aspectos estiveram em evidência em visita ao sítio Ipê Roxo, localizada em Luzinópolis (TO), no último final de semana. A visita teve a participação de mais de 30 produtores atendidos pelo Sebrae no Maranhão, por meio dos programas Agronordeste e ALI Rural.

Produtores de Imperatriz, João Lisboa, Davinópolis e Governador Edison Lobão participaram da visita à propriedade Ipê Roxo, no Tocantins.

A propriedade visitada se destaca na produção de cacau, café e pimenta-do-reino, com o uso de tecnologia sustentável desde o processo de irrigação passando pelo manuseio de maquinários. Cenário inspirador para quem busca impulsionar o empreendedorismo rural e aprimorar habilidades na produção.

“Saio daqui com um aprendizado de que, com conhecimento, nós podemos fazer muito em pouco espaço. Uma visita maravilhosa, muito enriquecedora que, sem dúvida, irá agregar valor à nossa propriedade”, explicou dona Marta Ventura, produtora da cidade de Davinópolis, ao avaliar a missão.

Na propriedade, a cascas do café e do cacau voltam à plantação em forma de adubo.

Técnicas de cultivo inovadoras se refletem na produção

O sítio é administrado pelo casal de agrônomos Otávio Sampaio Gutierrez e Anizia Dias Gutierrez. Os dois encontraram na região oportunidades de negócios e de crescimento. “Temos uma área de mais de 5 hectares plantada e aqui vimos a necessidade do sombreamento, porque o sol queima as plantas. Optamos, ainda, por utilizar a tração animal ao invés do trator, além outros equipamentos acessíveis, a fim de reduzir custos, os impactos para o solo e para otimizar o processo, pois temos a nossa oficina aqui para reparos”, frisou o produtor.

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Assoprador feito com cano de PVC é utilizado para separar as cascas das sementes de café

A propriedade do casal conta com 14 colaboradores, cerca de 10 mil pés de café e está em fase de teste de uma nova espécie da planta. São mudas com menos de 30 cm de altura, mas de aptidão produtiva muito boa. “São de dois ou três anos para colheremos os frutos. Até lá, é necessário cuidar e ver como a plantação se comporta”, pontua dona Anizia, com sabedoria de quem entende que natureza dita seu próprio ritmo!

Já o cacau, carro-chefe do empreendimento, são mais de 4 mil pés. O produto é comercializado de diversas formas: pepita, ‘mel’ , tijolinho e, também, é distribuído a produtores de chocolate. O café é torrado e vendido na propriedade, assim como a pimenta do reino. Toda essa logística de gestão e comercialização é um exemplo a ser seguido, de acordo com a analista do Sebrae, Aline Maracaípe.

Na propriedade foi montado um espaço para comercialização de produtos

“Vimos uma propriedade de pequeno porte, bem organizada e com uma gestão otimizada. Trouxemos nossos produtores para conhecer essa experiência, novas técnicas de cultivo e o manejo aplicado na propriedade, a forma como eles trabalham, o uso de ferramentas manuais, algumas que eles desenvolvem, a exemplo do assoprador feito com cano PVC. São técnicas que podem ser aplicadas no dia a dia dos empreendimentos rurais, adaptadas à nossa realidade e com grande capacidade para gerar resultados”, resume a analista.

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