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Economia criativa: artesanato de hobby a empreendimento em Imperatriz

Cidade sediou a II Semana do Artesanato de Imperatriz e a II Feira de Artesanato da Região Sul do Maranhão
Por Paula de Társsia
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Caneta, papel, madeira, habilidade, talento e criatividade são as principais ferramentas de trabalho do seu José Vital dos Santos, artesão de Imperatriz. Atualmente, ele produz peças em madeira, como freio de porta, suporte para notebook, objetos decorativos, e em papel cartão com pontos turísticos da cidade, em ambos existem traços delicados que requerem horas e horas de dedicação. A produção passa de 8 horas trabalhadas em algumas peças. O que era hobby na infância, passou a ser profissão há pouco mais de um ano.

“Eu sempre gostei de trabalhos manuais. Aos 7 anos, ajudava meu avô marceneiro e aprendi crochê com minha avó. Aos 15 anos, aprendi a dobrar papéis, depois a fazer kirigami. Em vez de comprar presentes, eu fazia e presenteava pessoas próximas a mim. Ao longo da vida me dediquei à música, fiz uma base de engenharia civil, mas após a pandemia passei a ser artesão de fato”, conta.

Forte expressão cultural tradicional, fortalecendo o turismo local e consequentemente a economia, o artesanato também é parte da vida de Rosilene Gomes, a qual o define como: ” minha paixão, minha terapia e minha segunda fonte de renda juntamente com meu esposo. Ou seja, nosso pequeno empreendimento”, disse.

Ambos participaram da III Semana do Artesanato de Imperatriz e da II Feira de Artesanato da Região Sul do Maranhão, ocorrida de 02 a 09 de abril, a qual o Sebrae foi um dos apoiadores, com o objetivo de promover e valorizar o artesanato local bem como movimentar a economia local.

Artesãos participaram de palestra ministrada pelo Sebrae durante a III Semana do Artesanato de Imperatriz e a II Feira de Artesanato da Região Sul do Maranhão.

Como parte da programação, a unidade do Sebrae em Imperatriz promoveu palestras sobre empreendedorismo, principalmente, voltadas aos artesãos, abordando temas sobre a importância da formalização, precificação, linhas de crédito e controle financeiro.

Em Imperatriz, são em média 600 artesãos, deste total 318 são cadastrados na Associação dos Artesãos de Imperatriz (Assari), organizadora da feira, e outros atuam de forma desvinculada da associação. “Essa feira é para mostrar a diversidade do nosso artesanato, fortalecer nossos associados”, explica Simone Fonseca, presidente da Assari.

Dados do Sebrae nacional apontam que o setor movimenta em torno de R$ 100 bilhões por ano – cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, desta forma o artesanato brasileiro mostra-se cada vez mais fortalecido com mais de 8,5 milhões de artesãos espalhados por todos os estados.

Caravana Criativa 

Iniciativas como do seu Vital e da Rosilene são apoiadas e valorizadas pelo Sebrae, a partir do projeto de Economia Criativa, que utiliza do capital intelectual e da cultura para gerar valor econômico, respeitando os costumes e a vocação local de centenas de pequenos negócios.

Atuando com um olhar para os territórios e suas potencialidades, o Sebrae Maranhão percorrerá as regiões do Estado com o projeto Caravana Criativa, no mês de abril e maio.

Na primeira etapa, as cidades de Balsas (25/04), Grajaú ( 26/04), Açailândia (27/04) e Imperatriz (28/04) receberão o evento. A segunda ocorrerá em Rosário (08/05), Barreirinhas (09/05) e Tutóia (10/05). Já a última etapa vai ser realizada em Pindaré (22/05), Matinha ( 23/05), Guimarães (24/05) e Cururupu (25/05).

O Sebrae é o grande facilitador, articulador e animador desse processo, mas os grandes protagonistas são os empreendedores da economia criativa, a qual abrange vários setores artísticos e culturais. Por exemplo: design, publicidade, arquitetura, artes visuais, audiovisual, música, teatro, literatura, games, moda, gastronomia, turismo cultural, entre outros.

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