Neste domingo (08 de setembro) de festa e celebração pelos 412 anos de São Luís, um levantamento do DataSebrae, com base em dados da Receita Federal, mostra a força dos pequenos negócios em uma economia de grandes oportunidades.
Os dados apontam o setor de serviços ao lado do comércio são as bases da economia da capital dos Azulejos. Coletados pela Unidade de Inteligência de Mercado do Sebrae no Maranhão, os números do dia 21 de agosto último revelam que , no universo de negócios ativos e formais, São Luís tem 93.445 empreendimentos dos mais diversificados portes.
São 42.478 Microempreendedores Individuais, representando 45,46% do universo total, fazendo de São Luís detentora de um terço do total de MEI’ do estado; 38.453 Microempresas, 41,15% do total; 6.671 Médias e Grandes Empresas, o que corresponde a 7,14% do total e 5.843 Empresas de Pequeno Porte, as EPP’s, somando 6,25% entre os empreendimentos.
“Uma economia de muito dinamismo em um território propício para o empreendedorismo, com grandes oportunidades”, avalia o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Celso Gonçalo. Ele ressalta que o Sebrae tem sido parceiro do desenvolvimento da capital. “Temos ajudado a identificar vocações, trabalhando para melhorar o ambiente de negócios e dando apoio ao empreendedor em todas as fases de seus negócios, para ajudá-los a crescer e continuar contribuindo para o desenvolvimento de São Luís”, acrescentou ele.
Setor de serviços se firma, ao lado do comércio, como força da economia ludovicense
O levantamento aponta o setor de Serviços como o de maior densidade de negócios, com 48.232 estabelecimentos (51,6% do total). Em seguida, vem o Comércio, com 32.992 estabelecimentos (35,3% do total). A Indústria aparece em terceiro lugar, com 6.170 estabelecimentos (6,6% do total). Logo após, a Construção Civil, reunindo 5.784 estabelecimentos (6,2% do total) e a Agropecuária, com 07 estabelecimentos (0,2% do universo).
Entre os segmentos de mais destaque estão o Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 4.756 estabelecimentos; o segmento de Cabeleireiros, manicure e pedicure, com 3.084 estabelecimentos; o de Promoção de vendas, com 2.446 estabelecimentos, seguidos dos segmentos de Restaurantes e similares, com um total de 2.165 estabelecimento; de Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com 1.941 empreendimentos e do Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns), que somam 1.930 negócios formais.
Território do Renascença aparece com o maior número de negócios ativos
O DataSebrae também identificou os territórios com maior número de negócios ativos. Liderando o ranking, está o Jardim Renascença, com 5.443 empresas ativas, tendo entre os destaques, os segmentos de serviços advocatícios, com 336 empresas; as atividades médicas ambulatoriais restritas a consultas, com 240 negócios e a construção de edifícios, com 230 empresas.
O Centro da cidade, berço do comércio, concentra hoje 4.338 empresas ativas, sendo o segundo território com maior número de negócios, seguido do bairro do Calhau, com 4.125 negócios. O território do Turu aparece em quarto lugar, com 4.121 empresas ativas; em seguida vem a Cidade Operária, com 2.921 empreendimentos; a Cohama, com 2.575 e o Jardim São Cristóvão, em sétimo lugar, abrigando 2.335 empresas ativas.
Cenário de oportunidades
O economista José Cursino Moreira, integrante da Unidade de Inteligência de Mercado do Sebrae no Maranhão, destaca alguns segmentos e setores com forte dinâmica e potencial de geração de oportunidades nos próximos anos.
Com natural vocação para o turismo, segundo ele, São Luís tem forte potencial para o crescimento do setor de serviços nessa cadeia, associada à economia criativa, em razão da cultura, patrimônio arquitetônico, belezas naturais, história e investimentos do poder público e iniciativa privada. O economista também aponta oportunidades decorrentes da localização geográfica, que fazem de São Luís um centro de logística, com influência sobre o MATOPIBA (região de confluência entre o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, fronteira da produção de grãos) e o centro oeste brasileiro.
Do mesmo modo, ele aponta a proximidade com o Centro de Lançamento de Alcântara e o Complexo Portuário do Itaqui, que também sinalizam oportunidades interessantes. Para ele, a condição de centro urbano avançado, abre perspectivas para a capital como um polo de prestação de serviços de saúde, educação, cultura, intermediação financeira, construção civil, lazer, arte e prestações de serviços em geral. “São Luís, portanto, é uma cidade de amplas possibilidades nos setores da economia urbana e de vínculos com o comércio exterior”, conforme analisa Cursino Moreira.
Parcerias – Diante desse cenário, o Sebrae planeja as estratégias de atuação, focando os desafios para o crescimento sustentável de São Luís. A principal perspectiva é estreitar laços de parceria. “O Sebrae tem o desafio de voltar-se para as cadeias produtivas mais relevantes, fomentar o empreendedorismo, fortalecer parcerias e trabalhar para elevar a competitividade dos pequenos negócios. Nosso foco são a inovação, a sustentabilidade e o estímulo à gestão eficiente, além de com a inclusão de minorias sub-representadas. Queremos ajudar a ampliar o nível de formalização, melhorar o ambiente de negócios, mas sempre levando em as necessidades do empreendedor e sua preparação para o mercado e para as grandes oportunidades que São Luís apresenta”, enfatizou o diretor Superintendente, Albertino Leal de Barros Filho.