Com forte aptidão para a produção das chamadas energias renováveis (solar e eólica), cada vez mais acessíveis para empresas e consumidores domésticos, o Maranhão chama atenção pelo desempenho e eficiência da planta hoje instalada no estado.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – AbSolar, o estado responde hoje por 1,2% da capacidade nacional. Por estar situado próximo à linha do Equador, detém alta taxa de incidência solar, o que potencializa o interesse por essas alternativas. De acordo com Francisco Vidigal, vice-presidente da Associação Maranhense de Empresas de Energia Solar – AME Solar, hoje, 9% dos domicílios maranhenses já contam com algum tipo de energia renovável, números que devem continuar crescentes.
O aproveitamento pleno, porém, estaria condicionado a uma série de fatores, entre os quais a criação de ambiente articulado para disseminação de informações, superação de entraves legais e elevação da eficiência, com tecnologia e conhecimento, aliados à geração de negócios, são apontados como fundamentais no processo de crescimento.
Constatações como essas marcaram o Seminário Maranhão Solar, organizado pelo Sebrae e o Polo de Energias Renováveis da instituição, abrigado no Rio Grande do Norte. O seminário, uma das ações da programação técnica da Expo Indústria 2023, aconteceu no Auditório Terezinha Jansen (Complexo Multicenter Negócios e Eventos), como ação direcionada à cadeia de valor de óleo, gás e energia.
Com olhos voltados para esse potencial e em busca de informações, agentes públicos, empresários, profissionais e a iniciativa privada marcaram presença, recebidos pela diretoria do Sebrae no Maranhão, liderada pelo presidente Celso Gonçalo; pelo diretor Técnico, Mauro Borralho, pela diretora de Administração e Finanças, Edila Neves, além de técnicos da instituição.
“Trata-se de um marco de uma série de ações que o Sebrae, junto com parceiros nos mais diversos níveis, deve adotar para fortalecer esse mercado que é interessante e promissor; marco também da adesão do Maranhão ao Polo Sebrae de Energias Renováveis, instância formalizada em 2022, que tem contribuído para estruturação desse ambiente de colaboração e conexões”, explicou o diretor Técnico do Sebrae no Maranhão, Mauro Borralho.
Momento estratégico – Concebido como estratégia de aproximação e circulação de informações entre o mercado, potenciais fornecedores e investidores, o seminário trouxe resultados práticos com informações qualificadas para o público presente.
Na programação, a coordenadora do Polo Sebrae de Energias Renováveis, Lorena Roosevelt, mostrou resultados do polo. Conforme ela, que esteve acompanhada de Lucas Matheus, gestor do Polo. “Trata-se de um ambiente com oportunidades para quem já atua ou deseja empreender com energias renováveis”. “Nesse ambiente, destacam-se as áreas de ciência e tecnologia, ESG, geração de soluções inovadoras de gestão e produção via startups e na prestação de serviços nas diversas etapas de geração até o consumo final”, completou.
Além disso, questões ligadas à eficiência e otimização das plantas instaladas, foram tratadas pelo diretor do Mercado Solar, Isaque Guanabara; e por Werner Bauer, diretor Jurídico da Ame Solar, que abordou aspectos polêmicos da geração distribuída e o marco legal da energia solar, frisando informações que devem ser levadas em conta como balizadores de investimentos.
Plano de ação – Naquele considerado como o pontapé do programa Maranhão Solar, uma atividade prática, coordenada pelo consultor do Polo de Energias Renováveis, Rafael Demetrius, gerou ideias para um plano de ação contemplando, por exemplo, ações sobre regulação, ambiente legal, vendas, marketing, qualificação profissional, fontes de financiamento, gestão de riscos, compliance, governança, gestão e para disseminação de conhecimento e informações.
“Avançamos na estruturação de uma ação direcionada ao segmento da energia solar no Maranhão, fortalecendo a presença do Sebrae e a atuação dos entes interessados nesse processo, com estratégias de inserção dos pequenos negócios nesse ambiente de oportunidades”, concluiu Jaime Coelho, analista do Sebrae e responsável pela organização do Seminário.