Produtos derivados do babaçu, como leite, pasta e creme de leite foram apresentados esta semana, em Palmeirândia, durante reunião para discutir parcerias para o desenvolvimento da cadeia produtiva do babaçu na região da Baixada. A previsão é de que estes produtos, que tem ainda uma pasta derivada do babaçu com uma proposta de ser produzida em forma de sachê como uma ferramenta de combate à fome e à desnutrição, sejam comercializados nos próximos meses.
Participaram da reunião, a gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Pinheiro, Nayara Moreira, o diretor Jayme Monjardim, representante da Wogi, Nelinha Babaçu idealizadora do projeto Babaçu, Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Cocais, Lina Coelho gerente do Senac (Unidade de Pinheiro), Antônio Carlos, gerente do Banco do Nordeste (Agência de Pinheiro) e Jovane Melo presidente da Instância e Governança dos Lagos e Campos Floridos.
“Este é o fruto de quatro anos de muito trabalho, a Nelinha começou e entrei acreditando no sonho dela. Fiquei encantado quando tomei conhecimento dessa floresta de alimentos. Trabalhamos intensamente para desenvolver o projeto. A Embrapa é nossa parceira no produto que se tornou a estrela do nosso trabalho, com um potencial gigantesco para o combate à fome: o sache. Além disso, temos uma série de muitos produtos do babaçu como canudo sustentável. Agora nos juntamos ao Sebrae, Senac, Banco do Nordeste e Embrapa para continuar desenvolvendo essa cadeia produtiva”, contou Jayme Monjardim.
Os produtos também foram apresentados às quebradeiras de Coco do povoado Santa Eulália, em Palmeirândia.
A partir de agora, o Sebrae entra com consultoria na criação de identidade visual, estruturação do projeto, na captação de novos recursos, articulação com outras parcerias para fortalecer esta rede de conexão e capacitação técnica para o desenvolvimento da cadeia produtiva e fortalecimento da cooperativa de quebradeiras de coco da região; além de fomentar o empreendedorismo como fonte geradora de novas rendas para as famílias beneficiadas.
“Partimos agora para um outro momento que é escalar esse produto, onde podemos contar com a expertise do Sebrae, na parte de mercado, de negócios, do empreendedorismo. Temos a empresa Reflita, que vai trabalhar a parte do processamento e produção. E finalmente o que a gente chama de bioeconomia inclusiva que é a participação efetiva dessas comunidades das quebradeiras para que possam ter uma parte da cadeia de valor desse produto”, disse Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa no Maranhão.
Cornélia Rodrigues, mais conhecida como Nelinha do Babaçu, é a idealizadora do projeto, que começou em Palmeirândia, cidade localizada na Baixada Maranhense. “Estamos criando dentro da floresta de babaçu oportunidades de negócios. Vejo essa nova etapa do projeto como uma coisa maravilhosa, os novos parceiros, estamos falando de Sebrae, Senac e órgãos reconhecidos mundialmente, eles vão contribuir conosco. Me sinto muito premiada por Deus, sinto que é fundamental não esquecermos nossas origens”, disse Nelinha.
O projeto é ousado e pretende apresentar ao mundo os produtos derivados do babaçu que consegue fornecer, por exemplo, leite, derivados de farinha, carvão, madeira, artesanato, óleo, produtos farmacêuticos e muito mais..
“Precisamos trabalhar a questão da busca da matéria prima e o fortalecimento dos grupos das quebradeiras não só em Palmeirândia, mas em toda a região. Temos à disposição um potencial gigantesco que vem se desenvolvendo e contribuindo para o crescimento da cadeia produtiva e o fortalecimento econômico da região”, afirmou Nayara Moreira, gerente da Unidade de Negócio do Sebrae de Pinheiro.
Com o projeto Babaçu a sociedade deve superar a associação do babaçu com a miséria e o atraso, a palmeira do babaçu se tornará símbolo de resistência, empreendedorismo e negócios sustentáveis.