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Produtores de abacaxi em São Domingos do Maranhão aumentam a produtividade com ajuda do Sebrae

A capital do abacaxi se prepara para colher uma safra bem maior, após consultorias viabilizadas pelo programa Ali Rural, do Sebrae.
Por Assessoria de Comunicação e Eventos
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Com mais de 1400 hectares de área cultivada exclusivamente com abacaxi, o município de São Domingos do Maranhão ganhou destaque estadual na produção do fruto, sendo reconhecido como Capital do Abacaxi em 2022, através da lei estadual. O município produz anualmente 28 milhões de frutos, resultado do trabalho de mais de 430 produtores rurais. Esses números têm aumentado de forma crescente, em decorrência de ações realizadas pelo Sebrae em parceria com o Senar, na execução dos programas Agronordeste e Ali Rural.

“Atualmente o município está recebendo as consultorias do Ali Rural com acompanhamento mensal. Cada ciclo tem a duração de 8 meses, com alternância de produtores, dando oportunidade para capacitação, acesso à tecnologia e conquistas de melhorias. Construímos junto com os produtores um novo ambiente de trabalho com menos custos, que se reflete na produção e rentabilidade do negócio”, explica o gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Presidente Dutra, Allan Kennedy Silva.

Safra recorde – Um ano depois da conquista do título, o município agora se prepara para colher uma safra ainda maior e atender a novos mercados, chegando com mais força nos estados do Piauí, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, com prospecção de vendas, inclusive no exterior.

Essa projeção é fruto do acompanhamento mensal propiciado pelos Agentes de Desenvolvimento Rural ligados ao programa Ali Rural, em seu segundo ciclo de atividades. Os resultados do programa foram mostrados em um encontro coletivo, reunindo mais de 100 produtores da região, que estão descobrindo nas novas tecnologias um aliado para fortalecer a produção.

Durante toda manhã do último dia 22, produtores participantes do segundo ciclo do programa estiveram envolvidos em diversos temas, entre eles a palestra online “Comercialização, perspectiva e projeção de mercado para a abacaxicultura”, com o especialista Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida, engenheiro agrônomo, mestre em Agronomia (produção vegetal) e doutor em Horticultura.

Assistência técnica e tecnologia – O produtor Antônio Francisco Pereira da Silva, mais conhecido como Ota, proprietário da fazenda Paraíso localizada em São Domingos do Maranhão, recebeu diversas consultorias no primeiro ciclo do Ali Rural e esteve presente no encontro coletivo. “Tenho recebido assistência técnica do Sebrae e isso tem me ajudado bastante na produção. Ano passado produzi 1 milhão de frutos e com a ajuda do programa Ali Rural e o acesso a novas tecnologias, este ano já colhi quase 3 milhões de frutos, no mesmo espaço de 100 hectares.”, explicou o produtor.

As consultorias do ALI Rural a têm proporcionado aos produtores atendidos melhorias em diversos aspectos. Além do aumento da produção, também houve mudanças na gestão dos negócios com um maior controle gerencial, no volume de insumos, redução de custos e desperdício. E, ainda, nos investimentos em novos produtos e no uso de marketing de vendas para expansão, agregando valor às propriedades atendidas.

“Até agora atendemos 30 produtores e já podemos dizer que houve um impacto positivo na produtividade, observando, inclusive, o aumento de renda dessas famílias. Nos trabalhos realizados, diminuímos o espaçamento utilizado, incluímos o uso de novas tecnologias como pulverizadores para nutrição do abacaxi e estimulamos a necessidade do cooperativismo. Para mim, o maior ganho desse trabalho é uma nova consciência dos produtores para o trabalho coletivo”, pontuou o consultor Leandro Rocha.

Com o início do segundo ciclo, novos produtores serão atendidos através das consultorias mensais nos próximos oito meses. Os atendimentos tem foco em inovação e sustentabilidade do cultivo, com o objetivo de estruturar e organizar a cadeia do abacaxi.

“Apesar dessa imensa produção, os produtores de São Domingos do Maranhão, ainda precisam de apoio e orientação para o melhor aproveitamento da propriedade e dos recursos utilizados. A expectativa é que a cada ciclo, outros produtores tenham acesso a soluções de inovação e tecnologia, produzindo muito mais com menores custos”, concluiu a coordenadora no Núcleo de Atendimento Empresarial (NAE) Colinas, Ana Carla Coelho, responsável pelas ações de apoio ao setor agrícola na região.

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