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Sondagem conjuntural do Sebrae sinaliza cenário mais otimista para 2020

Dados mostram recuperação da confiança do empresário e perspectivas de investimentos e geração de empregos.
Por Redação
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Os donos de pequenos negócios estão mais otimistas com os rumos da economia brasileira. Seis em cada dez empresários que comandam micro e pequenas empresas pretendem expandir suas atividades em 2020. Esse cenário, que abre perspectivas para a geração de mais empregos e de novos investimentos por parte do segmento, foi apontado pela Sondagem Conjuntural, estudo realizado pelo Sebrae no último trimestre de 2019.

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Já tendo registrado alta em setembro de 2019, quando o percentual daqueles que acreditavam em melhoria no cenário econômico havia subido de 56% para 59%, em dezembro o indicador alcançou o nível mais alto na série histórica dos últimos oito anos, atingindo 72%.

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A sondagem, realizada trimestralmente, ouviu uma amostra de quase três mil empresários em todo o País. Destes, quase 600 são da região Nordeste. O levantamento mediu as expectativas dos donos de pequenos negócios com relação à economia, aos seus próprios negócios, à realização de investimentos e perspectivas de contratação de novos empregados nos próximos 12 meses.

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Com relação ao futuro do próprio negócio, o índice de confiança dos donos de micro e pequenas empresas registrado é alto, vindo numa crescente de 68% (set./19), para 77% em dezembro. O otimismo é mais forte entre os donos de empresas de pequeno porte (EPP) que atuam na construção civil, nas regiões sudeste e nordeste.

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Investimentos e contratações

As intenções de realização de investimentos também se elevaram entre os donos de pequenos negócios. Enquanto em setembro de 2019, 58% dos entrevistados na sondagem sinalizava novos investimentos, em dezembro o número cresceu para 66%, motivado pela recuperação do nível de confiança nos rumos da economia.

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Esses dados se refletem nos indicadores de novas contrações. Cresceu, segundo a Sondagem, o percentual dos empresários de pequenos negócios que pretendem contratar novos empregados. Em setembro de 2019, 35% dos entrevistados tinha intenções de fazer novas contratações, índice que se elevou em dezembro atingindo 41% dos entrevistados.

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A Sondagem Conjuntural também mostra que 62% dos empreendedores entrevistados estão na expectativa de aumentar seu faturamento e 93% dos que estão otimistas acreditam que o crescimento dos negócios se dará como resultado de iniciativas do governo atual.

 

“Os pequenos negócios têm sido a grande mola propulsora da economia brasileira nas últimas décadas, liderando as estatísticas de geração de empregos e investimentos. Confiantes no futuro do país e em seus próprios empreendimentos, os pequenos negócios ainda necessitam de suporte e de um ambiente mais favorável para que possam crescer e se desenvolver de forma sustentável. E o Sebrae tem atuado intensivamente no sentido de prover esse ambiente e de soluções de apoio aos pequenos negócios, trabalhando para que se fortaleçam e continuem a contribuir com o Brasil”, analisa o superintendente do Sebrae, Albertino Leal de Barros Filho.

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Somente no ano passado, foram quase 700 mil vagas criadas pelas micro e pequenas empresas, o que representa cerca de 90% do total de postos de trabalho com carteira assinada criados no Brasil, superando o ano de 2018.

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Construção Civil lidera expectativas positivas

Com as expectativas de queda de juros para financiamentos imobiliários, o setor da Construção Civil já vive na prática a tendência de aquecimento. Essa perspectiva se reflete nas intenções de contratação. A sondagem do Sebrae revela que entre os empresários de micro e pequenas empresas do setor, 43% mostrou forte disposição para contratações nos próximos 12 meses.

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O percentual supera em 10 pontos percentuais o da Indústria, que teve uma queda de 38% para 35% nas intenções de contratação. Já o Comércio registrou 33%, praticamente o mesmo índice da sondagem anterior, o mesmo acontecendo com o setor de Serviços (32%).

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Para o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Maranhão, o construtor Celso Gonçalo, a elevação das expectativas está relacionada ao ambiente geral da economia brasileira. Segundo ele, no Maranhão, o crescimento ainda é modesto, mas já há indicadores de retomada da construção civil, com novos investimentos sendo feitos. Fatores como segurança jurídica e ampliação da oferta de crédito aquecendo os financiamentos também contribuem para o bom momento, conforme o presidente do Sindicato da Construção Civil – Sinduscon/MA, Fabio Nahuz.

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Impactos Regionais

Segundo dados da Sondagem realizada pelo Sebrae, o otimismo com a economia do país está mais presente entre os empresários da região Norte, onde 63% responderam que a perspectiva é de melhorias nos próximos 12 meses.

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Entre as principais dificuldades apresentadas pelos empresários está a de contratação de mão de obra qualificada, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Esse fator continua sendo um gargalo a limitar o bom desempenho dos pequenos negócios, tendo maior impacto tem sido registrado na Indústria e no setor de Serviços.

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Para o economista Felipe de Holanda, os sinais de recuperação econômica, embora lenta, já são claros, em um processo que tende a se aprofundar com a continuidade do programa de reformas estruturantes – as reformas Tributária e Administrativa, que já tramitam no Congresso.

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“Embora ainda não no ritmo esperado, já podemos ver um cenário com tendência de recuperação, o que certamente vai se refletir na retomada dos investimentos por parte das empresas, que, somados aos investimentos públicos, tendem a alavancar as expectativas de crescimento do PIB em 2020”, explica Holanda.

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Sobre a contratação de mão de obra qualificada, a sondagem revela que, em dezembro de 2019, 79% dos entrevistados apontaram dificuldades nas contratações de pessoal qualificado. Para suprir essa demanda, os donos de pequenos negócios optam por contratar pessoas inexperientes e as capacitam no próprio estabelecimento, o que comprova que as micro e pequenas empresas têm sido responsáveis não apenas pela geração de postos de trabalho, mas também por boa parte das iniciativas de formação de mão de obra no Brasil.

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Os pequenos negócios são, também, os maiores formadores de mão de obra do país, já que eles têm sustentado a geração de empregos e representam mais de 99% de todos os empreendimentos nacionais. “Esse aspecto apontado pela Sondagem confirma a força dos pequenos negócios e a importância deles para a economia como um todo. Ao gerar essas iniciativas, eles instauram um círculo virtuoso de soluções para o próprio crescimento dos negócios e de inovações que terminam por se multiplicar com efeitos muito positivos”, comenta o gerente da Unidade Regional do Sebrae em São Luís, economista Mauro Formiga.

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