“A gente tem visto muitas ideias se transformarem em negócios inovadores na cidade. Então, aquela percepção de que o perfil empresarial de Imperatriz é só voltado aos negócios tradicionais tem mudado de 2015 para cá. Hoje, temos empresas que atendem a várias outras regiões, sendo líderes de mercado e usando muita tecnologia, atuando com modelos de negócios inovadores, por isso se faz necessário um ecossistema coeso”.
O depoimento é do professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Emmanuel Xavier, durante mais uma etapa de estruturação do Ecossistema Local de Inovação de Imperatriz (ELI), realizada na última semana. Nesse ambiente e com o olhar voltado para a inovação, atores do ecossistema descobrem potencialidades na economia regional e, juntos, formulam estratégias de aproveitamento dessas aptidões, tendo a inovação como caminho de desenvolvimento na região tocantina.
Iniciativa do Sebrae Maranhão, a estruturação do Ecossistema Local de Imperatriz (ELI) abrange os municípios de Imperatriz, Davinópolis, João Lisboa, Estreito, Porto Franco e Governador Edison Lobão. O objetivo é fomentar o desenvolvimento do mercado de inovação e tecnologia no território.
O Ecossistema reúne empresas públicas e privadas, universidades, terceiro setor e outras entidades e instituições. Representantes desse grupo se reuniram na última quinta-feira, 10 de agosto, para o III Workshop do Ecossistema. Na ocasião, foram apresentadas propostas para o plano de ação e de estruturação da governança do Ecossistema, com o desafio de valorizar as vocações regionais e a sustentabilidade das ações.
“Fizemos o mapeamento e a análise das vocações econômicas locais e dos potenciais tecnológicos do território, em um primeiro momento. Agora, o grupo escolheu os eixos prioritários de trabalho, que são tecnologias do agro e de alimentos, da informação e automação, soluções em transporte e logística, além de biotecnologia e novos materiais. Agora, neste terceiro encontro apresentamos as propostas elaboradas para validação do plano”, explicou a gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Imperatriz, Márcia Martins.
Estratégia – O ecossistema de Imperatriz é o terceiro a ser estruturado pelo Sebrae no Maranhão. O trabalho consagra o compromisso da Instituição em ser catalisador de transformação nos territórios por meio da inovação, da tecnologia e do empreendedorismo. “Nós temos realizado várias ações em que o Maranhão se destaca no fortalecimento da inovação e do empreendedorismo, a exemplo do Neon e do Mobiliza. Assim, estamos moldando um cenário onde startups, empresas tradicionais, instituições acadêmicas e governo trabalham em harmonia, compartilhando conhecimentos e recursos para impulsionar a inovação e o desenvolvimento”, pontuou o diretor técnico do Sebrae, Mauro Borralho, durante o workshop.
Representando o governo do estado no evento, o presidente da Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense (Agemsul), Vagtônio Brandão, destacou que a parceria com o poder público é importante para impulsionar o desenvolvimento.
“Temos a ideia de inovação ser algo distante, e não é. A inovação faz parte do dia a dia. Um exemplo simples disso é a troca de planilhas por aplicativos que facilitam o dia a dia da empresa, de um negócio. Então, essa é uma pauta que precisamos discutir e incluir nas nossas ações e o governador Carlos Brandão, sempre muito atento a essas questões, tem estimulado essas parcerias. Somos parceiros do Sebrae na estruturação do ecossistema, buscando melhorias para a região tocantina”, frisou o executivo da Agemsul.