Em meio à arquitetura imponente e aos detalhes históricos da Estação Ferroviária de Rosário-MA, o desenvolvimento regional, aliado à cultura e ao turismo, esteve em destaque na última sexta-feira, 18 de outubro, na segunda edição do Estação Turismo, promovida pelo Sebrae Maranhão.
O evento reuniu empresários, artesãos, gestores públicos e operadores do turismo com um objetivo em comum: fortalecer a conexão entre os polos Munim, Lençóis e Delta. O evento proporcionou diálogos que transformaram os roteiros tradicionais, passando pela criação de produtos inovadores que exaltam a riqueza cultural e natural da região
Durante as rodas de conversa, os participantes debateram estratégias para fortalecer a governança, a gestão integrada dessas regiões e promover o desenvolvimento de produtos turísticos que valorizam as características culturais, históricas e naturais de cada uma.
Patrick Araújo, presidente da Instância de Governança Regional (IGR) Lençóis, destacou a importância do evento para fortalecer a conexão regional e promover o turismo local. “Esse é um momento estratégico para nossa região, pois além de promover o turismo, traz oportunidades concretas de falarmos sobre o papel fundamental da governança turística, um trabalho que desenvolvemos com grande colaboração”, ressaltou.
Programação – A programação do Estação Turismo também incluiu a apresentação do ‘Circuito Turismo de Aventura 2024’, evento que engloba turismo e esportes de aventura, um dos segmentos com maior potencial de crescimento na região. A previsão é que o Circuito ocorra em novembro próximo. “O Sebrae Maranhão aposta na diversificação das opções turísticas para atrair mais visitantes, especialmente aqueles focados em experiências diferenciadas e de contato direto com a natureza”, destacou David Amorim, gerente da Unidade de Negócios Lençóis-Munim.
Outra pauta de destaque foi a discussão sobre a Indicação Geográfica (IG) do artesanato local. A iniciativa, promovida pelo Sebrae Maranhão, visa valorizar e proteger o artesanato dos municípios, trazendo benefícios para as artes da região. O registro do IG é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem.
Rosimar Ferreira, artesã da Olaria do Amarildo em Rosário, ressaltou a importância do evento para a valorização do artesanato local. “A indicação geográfica é uma pauta fundamental para nós, artesãos de Rosário, uma cidade reconhecida por sua rica tradição artesanal. Este evento está sendo uma grande oportunidade de trazer visibilidade e identidade para o nosso trabalho. Nossos produtos são comercializados em várias regiões, mas com a Indicação Geográfica, eles serão reconhecidos de forma oficial, o que vai fortalecer nossa identidade regional”, afirmou Rosimar. Ela reforçou ainda que “o evento não apenas promove a valorização dos produtos locais, como também fortalece a conexão entre as artes e o mercado, criando novas oportunidades de negócios e aumentando o reconhecimento da cidade como um destino turístico e cultural”.
Albertino Leal, superintendente do Sebrae Maranhão, destacou a importância dos temas discutidos. “Tratamos de temas essenciais, como a Indicação Geográfica, Governança, e a qualificação do empresário e do produto. São questões que realmente fazem a diferença no turismo. Esse evento foi uma oportunidade de fortalecer as redes, planejar novos projetos e garantir que as empresas da região tenham asseguradas as condições para crescer e gerar desenvolvimento”, concluiu o executivo.
Reuniões estratégicas – Nos dias 15, 17 e 18 de outubro, foi realizado o Encontro para Estruturação da Indicação Geográfica do Artesanato de Cerâmica e Buriti , que percorreu as cidades de Barreirinhas, Paulino Neves, Tutóia e Rosário. O evento reuniu artesãos e parceiros em um debate sobre os resultados positivos da IG como o reconhecimento da qualidade e da origem dos produtos, fortalecendo o turismo e a economia criativa da região.
A superintendente do Polo Lençóis e Delta, Karla Torres, participou das reuniões, reforçando a importância dessa certificação para a preservação da identidade cultural e para o crescimento sustentável da produção artesanal. “A IG garante a qualidade e autenticidade do artesanato, protege a região produtora, diferencia os produtos no mercado, preserva as tradições culturais e valoriza a cultura e a economia local. É uma garantia de genuinidade para o consumidor”, destacou a superintendente.